A jornada de um médico é repleta de desafios e responsabilidades. Por isso, é fundamental estar sempre bem preparado para enfrentar quaisquer adversidades que possam surgir no exercício da profissão, independentemente do tempo de experiência profissional.
Assim, uma parte importante é compreender e estabelecer contratos médicos sólidos e eficazes. Um contrato médico é uma ferramenta jurídica que rege a relação entre um médico e um paciente ou uma instituição de saúde, garantindo relações profissionais claras e saudáveis.
O contrato deve estabelecer claramente as obrigações e responsabilidades que ambas as partes assumem. No âmbito do contrato médico, pode-se abordar uma série de elementos cruciais, como as especificações detalhadas sobre o tipo de tratamento, informações sobre o preço dos serviços, condições de pagamento e as responsabilidades que recaem tanto sobre o médico quanto sobre o paciente contratante, a fim de proteger interesses mútuos.
No contrato, são especificadas as práticas médicas estabelecidas como padrões de cuidado e responsabilidade médica. Assim, há garantia não apenas do atendimento de alta qualidade aos pacientes, mas também de que todas as partes envolvidas compreendem claramente suas responsabilidades.
O contrato médico também resguarda os médicos de implicações legais e éticas, construindo relações profissionais saudáveis e garantindo a busca pela saúde de maneira ética e clara.
E como redigir um contrato médico?
O primeiro passo é identificar as partes envolvidas, seja o médico e o paciente ou a instituição de saúde e o médico. Essa clareza é fundamental para definir os direitos e responsabilidades de todas as partes envolvidas e evitar mal-entendidos futuros.
O contrato também deve estabelecer as obrigações e responsabilidades de ambas as partes. Assim, o médico compromete-se a seguir as normas éticas e legais da profissão, enquanto o paciente concorda em seguir as orientações médicas.
No contrato deve haver informações sobre preço dos serviços médicos, bem como as condições de pagamento, incluindo a forma de pagamento e o prazo. Posteriormente, é preciso haver a descrição dos serviços prestados em linguagem simples e acessível, o que inclui informações sobre o tipo de tratamento, a duração do tratamento e outros detalhes relevantes. Nesta etapa, é fundamental que o paciente compreenda completamente o que está sendo oferecido, alinhando as expectativas entre as partes, evitando desentendimentos futuros.
Além desses elementos principais, o contrato médico pode conter termos e condições adicionais que são relevantes para a situação específica, como por exemplo, cláusulas de confidencialidade, clausula de proteção de dados, cláusulas de rescisão e outras informações importantes para proteger os interesses de ambas as partes.
Podem ser incluídas também clausulas de resolução de conflitos, abrangendo desde a medicação até a arbitragem, com objetivo de evitar litígios prolongados.
Em ambientes médicos onde há inovação e pesquisa, a proteção da propriedade intelectual é crucial. Contratos podem definir claramente os direitos de propriedade intelectual e como eles serão gerenciados.
Cada tipo de clínica e de serviço oferecido tem suas nuances em um contrato médico. Por isso, para garantir segurança e tranquilidade ao profissional médico, a contratação de advogados especializados em saúde para revisão dos contratos médicos protege os interesses dos médicos, e é de grande valia.
Por Thais Maia e Luciana Munhoz.
Thaís Maia e Luciana Munhoz são advogadas, Mestres em Bioética (UnB), Gestoras em Saúde (Albert Einstein). Sócias do escritório Maia & Munhoz Consultoria e Advocacia em Biodireito e Saúde.
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